quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O Destino de Júpiter


Caramba, fazia um tempo que um lançamento não me encantava tanto. Minhas inúmeras frustrações com os recentes lançamentos de herois de quadrinhos vivendo o mesmo roteiro, destruindo uma cidade e salvando o planeta estava me fazendo desacreditar das boas ficções e fantasias recentes.

Outra coisa é o preço exorbitante do ingresso de cinema, não faz nenhum sentido aquele preço, apesar de não ter o hábito de baixar filmes não consigo julgar quem faz, 30 reais um ingresso?!?!?


Sou muito fã dos Wachowskis, eles são apaixonados por "causar" nas telas, gostam mais disso do que de dinheiro, isso produz coisas lindas. Meu primeiro contato com a obra de Lana e Andy foi o bendito e canonizado Matrix. Cara, eu lembro de todo mundo saindo do cinema com cara de "hein" sem saber direito o que tinha acontecido, sem ter entendido aquilo que tinha acabado de explodir suas mentes.



E eles gostam de fazer o que estão afim e pronto, alguém que faz Matrix depois Emplaca um Speed Racer? Acho um filme lindo, cheio de cores e um roteiro tchutchuco e nada a ver com Matrix o que deixou muita gente frustrada, mas eles não dão a mínima pra isso. Os caras resolveram filma um livro que o próprio autor disse ser 'infilmável', o Cloud Atlas, talvez a única obra deles que eu não ame, mas pelo menos estão tentando explodir mais mentes enquanto outros cineastas insistem em refilmar a mesma história com atores mais jovens ano após ano.

A bola da vez O Destino de Júpiter (Jupiter Ascending) é show de bola, já está sendo execrado pela crítica e tendo pouca repercussão nas bilheterias. Mas todo o contexto, as entrevistas deles, o trailer me fez voltar ao cinema. Queria ver de perto aquilo e logo. Tá, o fato de uma das empresas que sou cliente me oferecer meia-entrada ajudou MUITO na minha decisão.

Uma fantasia linda, talvez o fato de eu ter assistido recentemente uma grande quantidade de documentários e filmes sobre o planeta em questão tenha ajudado a achar toda a fidelidade visual da atmosfera do planeta fantástica no cinema.

Os Wachowskis não mastigam muitas explicações, jogam as coisas na tela e vc vai costurando meio que por conta própria. Tiveram um tempinho pra umas piadas ao estilo Douglas Adams e o Guia do Mochileiro das Galáxias. Uma ficção científica que estava fazendo falta já, a premissa de vamos salvar a Terra está lá sim, reciclada, mas está de uma forma tão insignificante para todo o contexto que ficou show de bola.

Spoiler Alert: Outra parte legal o Sean Bean não morre nesse filme :)

Enfim compensa muito, meuzovo pra Era de Ultron, não que eu acredite que será ruim uma das trocentas continuações de Vingadores, só que essas adaptações já chegaram ao limite da saturação, estou ansioso pela próxima fase do cinema.

PS: pra quem se importa com Oscar Eddie Redmayne levou o prêmio de melhor ator no último domingo pela interpretação de Stephen Hawking no filme A Teoria de Tudo. Ele está nesse filme também.