segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

2013 maniqueísta!

O ano foi interessante demais. E o personagem principal, na minha limitada opinião, foi o maniqueísmo. Começando pelo começo a palavra vem de Mani/Manes/Maniqueu, o cara que organizou e doutrinou o pensamento no século III. A ideia dos antagonismos bem e mal, espírito e matéria é muito parecida (pra não dizer igual) com que as religiões predominantes no Brasil pregam. Aquela história de que você é um espírito bom preso num corpo mau, que precisa de um tipo de redenção para o pós-morte etc.

2013 foi um show de conflitos entre os extremos. Sem raciocínio ou ponderação, ou você faz parte do time do Jean Wyllys ou do Marco Feliciano. Perdemos boa parte do ano não debatendo ideias e sim defendendo posturas alheias. Terminamos o ano ainda ignorantes no assunto e com a única certeza que ambos serão reeleitos com sobra de votos. Mas era esse o objetivo?

Outro fato legal da política foi que o PT agora é o Corínthians dos palanques. Ou você é um fanático que defende qualquer ação do PT sem o mínimo de senso crítico, acreditando na beatificação de todos os companheiros, usa argumentos brilhantes do tipo "porque sim" e considera o 247 a obra máxima do jornalismo ou você é um anti-PT que fala mal de tudo, critica assistencialismo e jura que isso é invenção petista além de acreditar em cada linha que a Veja publica (e deve ter um pôster do Reinaldo Azevedo na parede). Se sair um pouco desses dois extremos se torna pra eles um alienado vítima da mídia golpista (os dois lados usam esse termo, adoro).

E assim foi em muitos assuntos, sobrou até para o Funk carioca, ou você é um idiota que ouve lixo ou um preconceituoso playboy de merda. Tudo virou rixa, poderia chamar 2013 de Grenal, BaVi ou outro nome legal dos clássicos do nosso futebol. A moda é brigar, pensar dói demais e ninguém quer. 

O ponto alto que foram os protestos de junho mostraram muito disso. Gente achando que teríamos um golpe militar ao mesmo tempo que tinha gente achando que surgiria um golpe comunista, tudo ao mesmo tempo, quando o único golpe foi a nossa ignorância. Sim, paramos de ler paramos de acompanhar o congresso, o ano acabou com a Câmara sem trabalhar por conta de uma manobra no Marco Civil da Internet, que aliás pouca gente leu, mas mesmo sem ler saiu dando opinião sobre censura na rede ou neutralidade.

Eu achava que os acontecimentos de 2013 nos levariam a outro nível de esclarecimento, mas não aconteceu, terminamos tão burros quanto estávamos em janeiro. Daí fui parar pra pensar e vi que não sou exceção, nessa de 8 ou 80 quis uma revolução ideológica e de comportamento em apenas 1 ano num país com mais de 500. Padeço da mesma burrice.

Sobre o meu 2013 particular, o maniqueísmo reinou solto. Disparado o melhor ano de todos e já com perspectiva de perder o posto para o próximo, mostra a fase boa de minha vida. Porém, quando as coisas deram errado elas deram errado com excelência, putz grila. Os prejuízos foram os maiores, os desgastes mais estressantes e os traumas mais profundos. Eu não sei se isso foi o cosmo me cobrando a conta de um ano tão bom ou se eu me distraí enquanto subia e o tombo foi mais alto. Só sei que as promessas para 2014 é que será um ano mais top ainda mas faço votos que eu evite tombos tão doloridos e traumas do tipo Anderson Silva.

Quanto a lista tenho muita novidade mas os últimos dias foram de louca correria, tenho muito que atualizar a bendita, farei isso nos próximos dias já pra começar o 2014 animado :)

Feliz ano novo.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Natal \o/

Bem propício.