segunda-feira, 15 de julho de 2013

O cubo mágico e eu :)

Do dia pra noite pus na cabeça que queria resolver um cubo mágico. Era  um desafio que queria vencer a todo custo. Até estava na minha pré-lista de coisas. Mas acabei retirando da versão final por achar que estava muito desatualizado, seria como colocar na lista "terminar o ensino médio", daí deixei de fora.

Fiquei louco procurando vídeos no youtube sobre o assunto, mas na época não eram tão infinitos quanto hoje, daí acabei achando só um tutorial e de um jeito meio sem querer. O tutorial nem era tão bom assim, somando isso com minha ansiedade rolou um primeiro fracasso.



Daí, a primeira dama descobriu que haveria uma oficina de cubo mágico na PUC/GO. Fomos então, as pessoas que estavam lá (que não desistiram) levaram de 2 a 3 horas pra resolver, eu levei 4 horas e meia, normal. Infelizmente muita gente desiste, muitos por acharem que seria o mesmo que aprender o jogo da velha ou que descobririam o segredo do cubo. A questão é que não tem segredo algum, não é complicado, mas precisa de um tempinho. Você leva um tempo maior para aprender a dirigir um carro do que para andar de bicicleta, mas nem chega a classificar nenhuma das tarefas como complicada. Abaixo segue a maior prova de que não é complicado. Mas cada um tem seu tempo de aprendizado, pode variar de algumas horas a semanas, o importante é não desistir.






Depois disso fiquei louco pelos quebra-cabeças tridimensionais. São muito legais, as possibilidades são infinitas, admiro caras que projetam essas coisas. Desde o próprio Erno Rubik (foto ao lado), o húngaro que inventou o cubo mágico tradicional, até o Tony Fisher que faz coisas absurdas com sua criatividade. Existem algumas curiosidades sobre essa invenção, a melhor é que Rubik demorou 30 dias pra resolver sua própria criação, por isso insisto, não desistir é o caminho para o sucesso :) 

Não era simplesmente um brinquedo novo, era também uma ferramenta pedagógica. Por isso acabei fundando junto com alguns amigos uma espécie de associação, a Cubo Mágico Goiás, que começou a divulgar o cubo no estado fazendo campeonatos e outras oficinas. Sim, levei esse trem a sério demais da conta e levo até hoje. Os benefícios são infinitos, da concentração e raciocínio lógico até a socialização.



Há conversas promissoras sobre a primeira organização nacional se formar. Essa é a parte boa, sonho com o Brasil sediando um campeonato mundial desse troço. Mas não é simples organizar um evento desse tamanho quando se trata de um esporte amador, por isso todo cuidado é pouco, um passo de cada vez. O Brasil já tem uma quantidade de campeonatos por ano que corresponde a índices de grandes potências do cubo e de quebra é o 6º país do mundo em número de competidores de acordo com a WCA - World Cube Association. Acho que as promissoras conversas sobre uma organização nacional estão vindo na melhor hora em que a modalidade está crescendo ganhando espaço nas escolas e na mídia. Quero que isso dê certo, mas não dá para simplesmente ficar torcendo até que aconteça, por isso estamos colocando a mão na massa. Não sou o único brasileiro com o item 235 na lista (235- Organizar um campeonato mundial de cubo mágico).



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