quarta-feira, 11 de março de 2015

Contra Cultura

Onde conseguimos encontrar pedaços de contra cultura hoje? Na fraca sociologia ensinada nas escolas só falam de Woodstock e olhe lá. Ultimamente tenho achado interessante entender como essas manifestações se dão. Não me tornei nenhum "tudo é lindo" ainda, acredito sinceramente que sou chato demais para achar tudo lindo. Mas acho quase tudo no mínimo interessante.




Como gosto demais da conta de filmes, esses novos conhecimentos têm vindo através da linguagem que mais me atrai na terra. Depois de assistir umas entrevistas e uns vídeos marginais na interwebs me deparei com o documentário Pixo.

Mostra uma história bem interessante e um pouco complexa sobre a reorganização dos espaços urbanos e que o pixo não faz a menor questão de se tornar grafite. É interessante porque a forma como a mídia trata os dois conceitos faz parecer que o pixador sonha em um dia jogar na seleção dos grafiteiros e eles não dão a mínima pra isso.





O documentário mostra desde lendárias pixações da época da ditadura às pixações sem o menor sentido conceitual, mas apenas estético. Não passei a gostar ou a respeitar o movimento, mas passei a entender, acho que informação nunca é demais e me senti menos burro depois disso.

Outro movimento interessantíssimo e esse sim eu tenho medo de um dia me juntar a eles é a galera que se denomina Malucos de BR ou de Estrada ou só Malucos mesmo. A primeira coisa interessante é sacar que não se consideram hippies, hein? Como assim, vendem artesanato na praça e não são hippies? Pois é, esse é um dos vários choques que tive assistindo o Filme Malucos da Estrada - Cultura de BR. Eu fico encantado com a parte boa, com as tretas, com a parte marginal de todo o movimento, um universo do meu lado que eu desconhecia. Na boa dá vontade demais de ser Maluco, sério, se você tem alguma tendência pra fugir do sistema, algum tipo de exaustão corre um sério risco de se tornar um Maluco assistindo o filme.

Você encontra ele inteiro já no Youtube, foi um projeto que levou um tempinho mas finalmente ficou pronto e como não poderia ser diferente está aí, de grátis, na interwebs. Sei lá, vou por na minha lista de coisa que um dia vou virar maluco nem que seja temporário, se bem que acho difícil ter volta depois que o cara toma gosto por ser livre e não ter que dar satisfação pra ninguém.



O projeto é mantido pelo coletivo Beleza da Margem e trabalham com doações da galera para financiar os projetos, esse longa-metragem mesmo foi fruto de um financiamento coletivo, vale a pena conhecer o trabalho. Contribui também e não me arrependo, o resultado foi excelente. Enfim, assistam, é massa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário