sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Empreendendo

Faz parte de tudo. Vejo poucas atividades que não tenha empreendedorismo envolvido. Se você é um apertador de parafusos estilo "Tempos Modernos" ainda assim vai empreender em algum momento em alguma situação.


Quer ser promovido a apertador de porca. Você vai precisar se preparar, estudar as porcas, aprender a negociar com os chefes, investigar qual deles é o tomador de decisão, planejar o melhor momento de pedir a promoção, organizar tudo isso e se monitorar para cumprir. Filho, isso é empreender. O mesmo para mudar de emprego ou para virar chefe.

E o cara que quer apertar parafuso o resto da vida? Um dia ele vai sair da casa da mãe, vai ter que economizar uma grana, procurar um lugar que consiga pagar, comprar novos móveis e fazer a mudança. Ou seja, gerenciar recursos, pesquisa de mercado, aquisição de passivo e execução de projeto. Isso é o que galera?

O cara vai casar, ter filhos ou fazer uma viagem, não importa, tudo é empreender. Porque então existe tanta resistência quando alguém diz na família "Quero ser empresário"? Eu até consigo dar um desconto para galera que é geração X ou babyboom, são de outra época onde carreira tinha outro significado e sua identidade estava atrelada ao seu emprego e não aos seus sonhos, opiniões ou talentos. Mas, me explica essa geração Y concurseira! Todo mundo agora tem talento pra empresa pública? Duvido muito, tem muita gente infeliz na esfera pública dizendo que estabilidade é tudo, aos que se identificam com a carreira tudo bem, não é desses que falo.



Enfim, a nossa criação atrapalha um pouco a cruzar essa ponte entre o assalariado e o autônomo/empresário, fica até um pouco mais difícil dar o primeiro passo. O tempo está chegando e minha missão em Brasília terminando. Vim pra bancar meus sonhos, se passaram dois anos, eu achava que seriam necessários três mas não serão. É muito gratificante planejar algo a longo prazo e ver isso acontecer, colher o que você plantou, clichê eu tô ligado. Algumas coisas deram certo antes do prazo e com ajuda dos amigos os planos se aceleraram, bom demais.

Mas se uma pessoa faz uma lista de coisas que quer fazer antes de morrer tem que planejar demais e ter um pouco de paciência. Se planejei ser empresário e voltar para Goiânia eu tinha que estar fazendo algo a respeito e não só falando no assunto para as pessoas. Não perdi o foco ao vir pra Brasília e nem comecei a estudar pro concurso do Senado, cujo salário é tentador, mas mantive a trilha, fiz os investimentos, trabalhei, fiz contatos etc. Estou feliz demais da conta. Rumo aos alvos. Vou concluir muitos itens dessa lista de coisas, nem vou precisar de duas vidas como eu pensava.



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