Admirável!

Estou curtindo pra caramba a fase alfabetizada da minha vida. Aquele livro que dá vontade de ler mas a falta do hábito sempre impedia. Livre das amarras do inferno agora posso desfrutar algumas coisas. Claro que amigos leitores também incentivam bastante essa nova fase.

Consegui ler o famoso Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley. Fodástico demais, hoje além de tentar entender as influências do autor e momento histórico em que ele escreve a obra tento também ter minha própria leitura, afinal a obra é viva, a arte deve ser algo para livre pensamento. Então eu fico lendo e comparando com tudo, todas as ideias, todos os sistemas já propostos na terra, políticas etc. Falar de capitalismo e socialismo é inevitável depois de ler. Muito louco. 

O mais interessante é ver tantas influências que esse livro causou na arte, tanto filme que já vi que praticamente tirado dali. O mais recente Equilibrium, putz, é uma homenagem ao Huxley (pra não dizer cópia rsrs). Sensacional o quanto de coisa já feita por conta desse livro. Mas o pior de tudo foi o filme que fizeram diretamente mesmo, a película Admirável Mundo Novo, a obra nas telas é uma ofensa gigante, não sou desses fãs chatos que reclamam de tudo quanto é adaptação para o cinema mas sinceramente o filme é muito porcamente feito e prejudica e muito a obra. Conselho de amigo não assistam!

Gosto de muitas adaptações mas essa é uma bosta mesmo, parece com aquele filme "A Viagem" ou "Cloud Atlas" que o próprio autor do livro disse que sua obra era infilmável, mas os irmãos Wachowski discordaram e gravaram um dos piores filmes de suas carreiras por pura arrogância. Enfim, nem tudo deve ir para as telas. 

Fica meu palpite, Admirável Mundo Novo é bom demais, uma sociedade futurista com pensamentos que vemos comumente nas rodas de conversa hoje com a diferença que não são mais pensamentos ou ações veladas mas tudo está explícito num apocalipse de livre arbítrio. O legal é que muito disso já acontece mas nem percebemos direito. Para uma obra escrita na década de 30 é de se tirar o chapéu. Segue então por fim umas das inspirações mais bacanas que essa obra deixou, nosso clássico musical Admirável Gado Novo.