Essa postagem é uma homenagem ao Tio Ben, o cara manjava.
Estava pensando cá com os meus botões sobre a consciência e a responsabilidade. Mas vou precisar de umas ilustrações antes. A galera que não se importa com animais (eu não disse que tortura, bate ou não trata bem, disse apenas que não se importa) as vezes questiona as instituições que protegem com o argumento de que o esforço e o dinheiro seriam melhores aproveitados se fossem investidos numa criança. Apesar de eu concordar com isso admito que a justificativa que ouvi era boa, alguns ativistas afirmam que não é uma questão de quem é mais importante e sim uma questão de o mais forte proteger o mais fraco, o que pra eles independe da espécie. Esse pensamento não me fez engajar em nenhuma ONG protetora mas me fez respeitar um pouco mais aquela galera.
Não consigo dizer que somos conscientes e o resto da bixarada não. Eu consigo aceitar uns terem mais consciência que outros, afinal somos todos bicho também. Nesse nível de consciência eu não coloco quem é mais legal ou menos mas quem tem mais noção do que está acontecendo. Seu vizinho brinca com seu cachorro mas devolve no fim do dia, o bicho se gostar mais do vizinho vai ficar sem entender porque foi devolvido, por não ter a consciência que é propriedade de alguém. É esse tipo de escala de consciência que falo, quem tem maior noção do todo, quem tem noção do fato mais abrangente, resumindo, quem tem o maior mini-mundo.
Hoje penso melhor imaginando o mais consciente não necessariamente sendo obrigado a proteger o restante mas com uma responsabilidade maior. Um lutador profissional não é obrigado a separar tudo quanto é briga que vê e ajudar todo mundo que apanha na rua, mas se ele entrar numa briga contra um leigo nas artes marciais e se fizer um bom estrago no cidadão seria até julgado criminalmente com maior peso por conta da desproporção da briga. Entendem a comparação? Pra mim o ser com maior consciência na roda não tem um dever maior sempre, mas vai ter responsabilidade maior nas situações.

Já me vi perseguido por situações de conflito, passei muito tempo acreditando que a culpa nunca era minha e que na verdade eu estava conhecendo muita gente doida. Era quase verdade minha conclusão, de fato eu não era o estopim dos problemas mas eu costumava criar umas armadilhas para que o problema surgisse. Se para o fogo você precisa de calor, combustível e oxigênio; para esse tanto de problema me perseguir com certeza eu estava me comportando com um dos 3 ingredientes, do contrário nunca haveria fogo.
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