segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Sair do Armário?

Essa expressão "sair do armário" é bem interessante, tipicamente utilizada para questões da sexualidade têm sido emprestada para outros segmentos. Um deles é a fé. Tem muito religioso que pratica sua liturgia escondido. É interessante como isso costuma acontecer. Quem faz isso no mundo evangélico, por exemplo, é chamado de "Crente 007", é engraçado apesar de não ser a melhor das referências, o agente em questão não trabalha disfarçado, puxa aí na memória, se assim fosse a frase "Bond, James Bond" não seria famosa.

Foco. Essa fuga acontece muitas vezes quando o cara se converte e continua convivendo no ambiente antigo. Se ele passar a recriminar alguns "pecados" que uns dias atrás ele mesmo praticava vai soar como um hipócrita ou algo do gênero. Pior se ele era do tipo que falava mal de religião, a zoação é inevitável. Tem também a situação que o indivíduo frequenta um ambiente hostil à sua nova fé. Em todos estes casos existe uma tendência a ficar calado depois da conversão, por isso alguns ficam no armário, já outros enfrentam o problema de frente.

Dei exemplo do protestante por conhecer bem esse segmento mas se aplica a outros casos de (des)conversão. As mudanças que caem nesses casos constrangedores podem nos levar ao silêncio. Recentemente entrei em um desses furacões e vi o quão complicado é desconstruir algo. Principalmente para pessoas que no passado se viram apoiadas em você, especificamente nas suas convicções antigas. É dose sair desse armário (mas ainda acho que o da sexualidade é pior, bem mais difícil).

Aos poucos vai ficando claro pra um e pra outro o que está acontecendo, mas ainda é obscuro para maioria, difícil de explicar. Não chego falando de forma desembestada tudo que vivo hoje, isso soa como tentativa de convencimento desrespeito e outras coisas. Por isso me limito a responder o que me perguntam. Até para não cometer os erros do passado que eram basicamente: falar o que ninguém me perguntou por me achar a cabeça da tortuguita com ideias infalíveis e o pior de tudo respeitar ideias no lugar de pessoas.

Talvez esse blog até me ajude com isso, 'tá certo que para isso teria que divulgá-lo de verdade para todos os meus amigos, coisa que não faço. Convenhamos o Google+ não é o ápice da popularidade (ainda!).

Para meditação segue um vídeo que retorna para os holofotes nos últimos dias por conta da polêmica do Fora do Eixo (pouco entendi da polêmica então não pretendo comentar). Não tem muito a ver com o texto acima, mas achei interessante e resolvi postar. Você já viu essas técnicas em algum lugar, em um grupo qualquer que já tenha entrado, mesmo um grupo não religioso e até mesmo anti-religioso.

2 comentários:

  1. É véio! Dificil a gente assumir algo ainda mais qdo, vivemos ou crescemos em um ambiente de doutrina forte, sempre com uma sensação de estar cometendo um ato de eresia ao pensar em usar seu livre arbitrio! E qdo vc é responsavel pela educação de uma filho... fica mais dificil! Mas o mais legal é vc refletir sobre sua evolução individual respeitando a dos outros. Abração, Saúde e Sucesso!

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    1. Valeu Vinicius, fiquei pensando nisso que vc disse esses dias sobre educar um filho, muita gente vai achar estranho, questionar, dizer que não é bom pai e todo resto. Vai ser difícil, mas não tem saída, vamos enfrentar. Quero ter um filho em breve.

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